Edição 2025 destaca território, memória e diversidade em produções nacionais e regionais
Triunfo volta a ser referência no audiovisual pernambucano com a realização do 16º Festival de Cinema de Triunfo, que acontece de 14 a 20 de dezembro. Promovido pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secult-PE e da Fundarpe, o evento reúne obras de diferentes gêneros, formatos e regiões do país, fortalecendo o município como polo de criação e difusão cinematográfica.Com o tema “No sertão o cinema já nasceu encantado”, a edição de 2025 propõe um mergulho na relação entre território, memória, oralidade e imaginação. A proposta reforça o papel do sertão na construção de identidades e narrativas, valorizando modos de vida, expressões culturais e a força simbólica da região. Para a secretária de Cultura, Cacau de Paula, o festival reafirma o potencial criativo local: “Triunfo é um território de criação e resistência. O cinema pulsa como espelho da nossa diversidade e das histórias que o povo nordestino tem para contar”.
A programação oficial é composta por seis mostras: Longa-metragem Nacional; Curta e Média Nacional; Curta e Média Pernambucano; Curta e Média Infantojuvenil; Curta e Média dos Sertões; e Experimental. Entre os filmes selecionados estão o longa “Originárias”, de Marcilia Cavalcante Barros, que abre a mostra nacional com narrativas indígenas e femininas; “Timidez”, de Susan Kalik e Thiago Gomes Rosa; e o pernambucano “Gravidade”, de Leo Tabosa, escolhido para encerrar o festival.
As mostras de curtas e médias reúnem produções que exploram temas como ancestralidade, sincretismo religioso, preservação ambiental e o cotidiano sertanejo. Entre os destaques estão “Pé de Chinelo”, de Cátia Cardoso; “Afluir”, de Gabi Holanda; “Boiuna”, de Adriana de Faria; e “Ô Celina, Ô Celina – Biu Neguinho”, que revisita a trajetória do mestre do samba de coco de Arcoverde. Também integram a seleção filmes que ampliam o olhar sobre o país, como “Encruza”, gravado em Salgueiro; “Noé da Ciranda”, sobre a cultura popular de Surubim; e “Jamary”, que leva a floresta amazônica para o centro da narrativa.
Além das exibições, as sessões são organizadas em eixos curatoriais que refletem sobre encantamento, território e futuro. Entre eles, “As encantarias movem os olhos do cinema”, “Cinemas que soam como águas” e “Toda terra guardará nossas vozes”. A proposta convida o público a perceber o cinema como espaço de escuta, imaginação e resistência.
Com programação diversificada e forte presença de produções nordestinas, o 16º Festival de Cinema de Triunfo reafirma a importância do sertão como lugar de criação e potência cultural no cenário audiovisual brasileiro.

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