Debates em Suape reforçam impacto logístico e estratégico da obra para Pernambuco
O encerramento do Seminário Conexões Transnordestina, realizado nesta terça-feira (18) no auditório do Porto de Suape, reuniu representantes do setor produtivo, gestores públicos e organizações civis para discutir o futuro da ferrovia que liga Salgueiro a Suape. O encontro, marcado pelo diálogo entre diferentes agentes, destacou o papel estratégico da obra para o desenvolvimento econômico de Pernambuco.Durante o seminário, foi reforçada a importância de manter canais permanentes de escuta e construção coletiva sobre a Transnordestina. As discussões deram ênfase ao impacto logístico da ferrovia, especialmente no escoamento da produção e na ampliação das exportações, pontos centrais para fortalecer a competitividade do Estado. A troca de perspectivas também ajudou a consolidar consensos sobre a relevância de integrar setores e regiões diretamente influenciadas pelo empreendimento.
A retomada do projeto foi tema recorrente nos diálogos. O edital para os primeiros 73 quilômetros do trecho Custódia–Arcoverde, parte do eixo Salgueiro–Suape, foi lançado recentemente, com investimento estimado em R$ 415 milhões. Executada pela Infra S.A, a obra marca a reativação de uma agenda que havia perdido ritmo nos últimos anos. Para lideranças presentes, o avanço depende justamente da continuidade de debates como o promovido ao longo do seminário.
O evento também reuniu propostas de diversas regiões do Estado. A governadora Raquel Lyra recebeu uma carta de intenções elaborada pelo Movimento Econômico e pela Agência de Desenvolvimento Social do Araripe, compilando sugestões e expectativas levantadas nas cidades por onde o seminário passou — Salgueiro, Araripina, Petrolina, Belo Jardim e Caruaru. Participantes ressaltaram que a escuta qualificada tem permitido compreender melhor a realidade de cada município impactado pelo traçado da ferrovia.
Representantes da Sudene, do Porto de Suape e de gestões municipais reafirmaram que a retomada da Transnordestina depende de articulação federativa e diálogo constante. A avaliação predominante é que a integração das regiões atingidas pela obra é essencial para garantir crescimento econômico sustentável, geração de empregos e fortalecimento das cadeias produtivas. Em Pernambuco, 179 quilômetros já estão concluídos, representando 38% do total previsto no Estado.

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