Bog analisa disputa pelo Senado em Pernambuco: veja os pontos fortes e fracos de cada pré-candidato

A corrida pelo Senado Federal em Pernambuco promete ser uma das mais disputadas das eleições de 2026 e o blog PE Notícias publicou uma análise sobre essa disputa. Entre veteranos, ministros e nomes ligados a diferentes espectros políticos, o tabuleiro eleitoral já começa a se desenhar com alianças, favoritismos e impasses. 

Saiba os principais pontos positivos e negativos dos nomes que despontam como pré-candidatos ao Senado, de Humberto Costa a Gilson Machado. 

Humberto Costa: prioridade do PT, mas com desgaste acumulado 
Entre os nomes do campo progressista, Humberto Costa desponta como a grande aposta do PT em Pernambuco. O partido o trata como prioridade absoluta e já deixou claro que não há negociação na chapa de João Campos sem sua presença. Essa confiança garante ao senador espaço estratégico nas articulações.
 
Por outro lado, o desgaste natural de quem já está há dois mandatos no Senado pode pesar. Como figura tradicional da política pernambucana, Humberto enfrenta o desafio de renovar sua imagem diante do eleitorado. 

Marília Arraes: liderança nas pesquisas e impasse com o PT
Marília Arraes aparece à frente nas principais pesquisas de intenção de voto para o Senado. A vantagem é que, em uma disputa com duas vagas, ela poderia se eleger mesmo ficando em segundo lugar. O cenário, portanto, parece favorável. 

Entretanto, a presença de Humberto Costa na mesma chapa pode enfraquecer seu espaço. Setores do governo João Campos defendem uma composição mais plural, com nomes de espectros políticos diferentes. Como Marília também representa a ala mais à esquerda, isso poderia reduzir suas chances de ser escolhida. 

Miguel Coelho: força no interior, mas entraves políticos
Ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho conta com o peso da família Bezerra Coelho no Sertão e com a votação expressiva que obteve nas eleições de 2022 para o governo estadual. Ele poderia agregar votos importantes no interior à chapa de João Campos. 

No entanto, suas ligações com a direita e a falta de afinidade com o presidente Lula dificultam uma aliança mais ampla. Além disso, uma eventual federação entre União Brasil e PP pode complicar ainda mais sua posição, já que o PP faz parte da base da governadora Raquel Lyra. 

Silvio Costa Filho: prestígio com Lula, mas desempenho fraco nas pesquisas
Atual ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho é um dos nomes mais elogiados pelo presidente Lula. Nos bastidores, o petista chegou a classificá-lo como um quadro “extraordinário”. Caso Lula insista pessoalmente em sua candidatura, Silvinho pode ganhar força dentro da chapa de João Campos. 

O problema é que as pesquisas de intenção de voto não ajudam. Em alguns levantamentos, ele aparece apenas na sexta colocação, o que indica uma longa jornada até alcançar viabilidade eleitoral. 

Eduardo da Fonte: diálogo com todos, mas falta de definição
O deputado Eduardo da Fonte tem a seu favor a habilidade de transitar entre diferentes campos políticos. Apesar de ser mais próximo da governadora Raquel Lyra, ele também mantém boa relação com João Campos, o que o coloca em posição de destaque nas articulações. 

Por outro lado, essa falta de definição ideológica pode se tornar um problema. Ter “um pé em cada canoa” pode afastar tanto o eleitorado mais à esquerda quanto o mais à direita. 

Anderson Ferreira: apoio partidário forte, mas sem aval de Bolsonaro
Ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira tem o apoio do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o que o coloca como nome natural do partido para disputar o Senado em Pernambuco. 

Mas o entrave é sério: Anderson não conta com o apoio direto de Jair Bolsonaro. O ex-presidente já teria manifestado preferência pelo ex-ministro Gilson Machado, o que enfraquece a posição do ex-prefeito dentro do bolsonarismo pernambucano. 

Gilson Machado: apoio bolsonarista e limitação judicial
Ex-ministro do Turismo, Gilson Machado é o nome preferido de Jair Bolsonaro para representar o PL na disputa ao Senado. Isso lhe garante acesso direto ao eleitorado bolsonarista, que ainda é numeroso em Pernambuco. 

Porém, uma decisão judicial o impede de sair do Recife, o que atrapalha sua pré-campanha no interior. Enquanto outros pré-candidatos já percorrem o estado, Gilson segue restrito a capital, o que pode deixá-lo atrás na largada eleitoral. 

Fernando Dueire: articulação com prefeitos e pouca visibilidade
O senador Fernando Dueire, que assumiu a vaga deixada por Jarbas Vasconcelos, vem ampliando sua rede de apoio entre prefeitos. Em Brasília, tem se reunido com gestores municipais e prometido liberação de emendas nos próximos meses. 

O obstáculo é a baixa popularidade. Por não ter sido eleito, Dueire ainda é pouco conhecido pelo público e figura entre os nomes menos lembrados nas pesquisas atuais, o que torna sua reeleição um desafio. 

Conclusão
Com perfis tão distintos, a disputa pelo Senado Federal em Pernambuco em 2026 promete unir alianças improváveis e estratégias ousadas. Enquanto Humberto Costa tenta manter o favoritismo dentro do PT, nomes como Marília Arraes e Miguel Coelho buscam espaço em meio às indefinições partidárias. 

De outro lado, Anderson Ferreira e Gilson Machado disputam o voto bolsonarista, enquanto Silvio Costa Filho, Eduardo da Fonte e Fernando Dueire correm por fora em busca de consolidar suas candidaturas.



Fonte: PE Notícias

Poste um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem