São José do Egito melhora índice de alfabetização e supera média estadual


Município alcança 73% de crianças alfabetizadas na idade certa e se destaca em avaliação nacional divulgada pelo INEP

O município de São José do Egito registrou um avanço importante na alfabetização de crianças da rede municipal de ensino, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP) no último dia 11 de julho. O levantamento, referente ao ano de 2024, revela que 73% dos alunos foram alfabetizados na idade certa, superando os 67% registrados em 2023.

A evolução representa um crescimento de mais de 6 pontos percentuais em relação à última medição e coloca São José do Egito entre os municípios com melhor desempenho da região. Os dados fazem parte do sistema de monitoramento do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA), política pública do Ministério da Educação que acompanha o processo de alfabetização em todo o país.

Percentual referente aos anos 2023 e 2024, segundo o Inep.

Na avaliação por níveis, São José do Egito obteve o Nível 4, enquanto a média do Estado de Pernambuco ficou no Nível 3, demonstrando que o município está acima da média estadual no cumprimento das metas. A medição considera se as crianças alcançam habilidades mínimas de leitura e escrita ao final do 2º ano do Ensino Fundamental, conforme as diretrizes do CNCA. O percentual de participação dos alunos na avaliação foi mais de 97%.

Para os próximos anos, o Ministério da Educação (MEC) estabeleceu metas progressivas, com o objetivo de alcançar 100% de alfabetização até 2030. O bom desempenho egipciense é resultado de ações pedagógicas contínuas, investimentos em formação docente e acompanhamento mais próximo do processo de aprendizagem nas escolas municipais.

Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Foto: Reprodução/Inep


Indicador

O Indicador Criança Alfabetizada é calculado a partir de um teste, no qual cada estudante responde a 16 itens de múltipla escolha e três de resposta construída, sendo uma produção textual. O Inep cede um conjunto de itens que comporão os testes que serão aplicados pelos sistemas estaduais de avaliação, e, posteriormente, o indicador é calculado a partir do alinhamento nacional dos dados apurados por essas avaliações. Entre outubro e novembro de 2024, dois milhões de estudantes foram avaliados pelos sistemas estaduais em suas próprias escolas.

O teste avalia se a criança apresenta habilidades básicas de leitura e de escrita. O padrão nacional de alfabetização que aponta a criança alfabetizada foi estabelecido em 743 pontos na escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), pela Pesquisa Alfabetiza Brasil, em 2023, conduzida pelo Inep para determinar o ponto de corte que indica a alfabetização de uma criança ao final do 2º ano do ensino fundamental.

O padrão nacional de alfabetização indica que estudantes que alcançam esse resultado são capazes de ler palavras, frases e textos curtos; localizar informações explícitas em textos curtos (até seis linhas), como em bilhete, crônica e fragmento de conto infantil; inferir informações em textos que articulam linguagem verbal e não verbal, entre outras habilidades.

Relatório

Semana passada, o Comitê Consultivo de Especialistas para o Aperfeiçoamento das Avaliações da Educação Básica divulgou um relatório com orientações para a promoção de maior integração entre as avaliações estaduais e o Saeb. No rol das principais recomendações apontadas pela comissão, estão o aprimoramento da documentação sobre a equalização dos instrumentos para a mensuração da alfabetização e o compartilhamento regular de itens e de critérios para a aplicação dos testes. O próximo passo será a análise técnica das recomendações e sua incorporação gradual nas próximas edições do Saeb e na atuação do Inep.

Criança Alfabetizada

O foco da política é assegurar que todos os estudantes brasileiros estejam alfabetizados ao final do 2º ano do ensino fundamental, além de recompor as aprendizagens, com ênfase na alfabetização de todas as crianças matriculadas no 3º, no 4º e no 5º ano afetadas pela pandemia.

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