Parlamentar usou a tribuna da Câmara para questionar iniciativa do Executivo e apresentou documentos que atestariam caráter público da área
Durante a sessão mais recente da Câmara Municipal de São José do Egito, o vereador Alberico Tiago, líder da oposição, voltou a tratar do projeto de lei enviado pelo Executivo que previa a doação da Praça Antônio Jorge ao Grupo Pajeú.Em discurso enfático, o parlamentar destacou que o projeto chegou à Casa Legislativa na semana anterior, mas foi retirado de pauta após entendimento entre os vereadores e o presidente do Legislativo, diante das dúvidas sobre a titularidade do terreno.
Alberico informou que, após protocolar requerimento solicitando certidão vintenária ao cartório de registro de imóveis, recebeu documento confirmando que a Praça Antônio Jorge pertence ao patrimônio público municipal. “A certidão comprova que o grupo Pajeú comprou apenas o terreno vizinho, e a praça foi desmembrada, sendo área pública. Portanto, a Praça Antônio Jorge é nossa, é da população egipciense”, afirmou.
O vereador questionou a postura do Executivo municipal, alegando contradição entre o envio do projeto e as declarações posteriores do prefeito nas redes sociais. “Se o terreno fosse do Grupo Pajeú, por que o prefeito enviou projeto pedindo autorização para doar algo que não era do município?”, questionou.
Alberico também recordou a origem da praça, construída durante o governo Joaquim Francisco, e ressaltou o simbolismo histórico do espaço, que leva o nome do jornalista Antônio Jorge, pai do também jornalista Inaldo Sampaio. “Na época, o governador veio pessoalmente inaugurar a praça. Seria possível que isso ocorresse de forma irregular? Claro que não. Aquela praça é parte da nossa memória e identidade cultural”, enfatizou.
Encerrando seu pronunciamento, o líder da oposição reafirmou que continuará vigilante em defesa do patrimônio público. “A Praça Antônio Jorge é do povo. Não é mercadoria. Nenhum gestor tem o direito de dispor de um bem coletivo conforme interesses particulares. Estaremos atentos para garantir que o que é do povo permaneça com o povo”, concluiu.
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