E tudo ficou vazio. As ruas, os bairros, as esquinas, as casas, as praças, tudo estava vazio. Não havia nenhum lugar em que houvesse sentido estar. Era, naquele instante, outra pessoa. Não se reconhecia entre vozes ou face alguma. Como podia ter vivido tanto tempo com a máscara que os outros lhe haviam colocado. Em que momento esqueceu de si para viver a histórias dos outros?
Não! Agora é preciso desfazer-se das máscaras e enfrentar sua própria face no espelho. Afinal, que sentido tem em esconder-se de si ou assumir outra identidade?
Mas como despir-se de máscaras que parecem fazer parte de sua autêntica identidade? Sentia como se não mais soubesse quem era, quem estava a ver no espelho – se seu rosto autêntico ou uma das diversas máscaras que ajustou em seu rosto para caber no mundo, tão pequeno, dos outros.
Perdera-se. Não mais se reconhecia. Não mais sabia quais caminhos seguir. Queria sumir para não precisar enfrentar as dúvidas que a perseguiam.
Resolveu tomar um banho. Parou em frente ao espelho e observou seu rosto, lembrou da indagação de Clarice Lispector e murmurou “Em que espelho, ficou perdida a minha face?”. Não obteve resposta alguma, decidiu apagar a luz e ficou em silêncio, como se, ao reacender a lâmpada, as respostas pousassem sobre sua mente.
Ficou inerte. Mergulhou em pensamentos. Sentiu seu corpo gelar e seu coração bater mais forte. Sentiu medo. Não se apavorou, apenas sentiu.
O silêncio era ensurdecedor. Ficou parada por um longo tempo e sentiu como se seu corpo estivesse ferido, magoado com tanta negação de si mesma. Não chorou. Não gritou. Silenciou. Respirou. Até que o celular tocou. Era a realidade do outro lado dizendo que não somos neutras, não temos apenas um rosto, as máscaras nos compõem, nos constituem, nos alinham e desalinham.
Somos a mistura do que acreditamos com o que esperam de nós, mas a nós cabe o lugar que damos a essas máscaras e quais cabem, sem cortam nosso rosto.
Atenda o celular! Enfrente o espelho! Liberte-se e assuma sua face. A maquiagem é sua, pinte-se!
Não! Agora é preciso desfazer-se das máscaras e enfrentar sua própria face no espelho. Afinal, que sentido tem em esconder-se de si ou assumir outra identidade?
Mas como despir-se de máscaras que parecem fazer parte de sua autêntica identidade? Sentia como se não mais soubesse quem era, quem estava a ver no espelho – se seu rosto autêntico ou uma das diversas máscaras que ajustou em seu rosto para caber no mundo, tão pequeno, dos outros.
Perdera-se. Não mais se reconhecia. Não mais sabia quais caminhos seguir. Queria sumir para não precisar enfrentar as dúvidas que a perseguiam.
Resolveu tomar um banho. Parou em frente ao espelho e observou seu rosto, lembrou da indagação de Clarice Lispector e murmurou “Em que espelho, ficou perdida a minha face?”. Não obteve resposta alguma, decidiu apagar a luz e ficou em silêncio, como se, ao reacender a lâmpada, as respostas pousassem sobre sua mente.
Ficou inerte. Mergulhou em pensamentos. Sentiu seu corpo gelar e seu coração bater mais forte. Sentiu medo. Não se apavorou, apenas sentiu.
O silêncio era ensurdecedor. Ficou parada por um longo tempo e sentiu como se seu corpo estivesse ferido, magoado com tanta negação de si mesma. Não chorou. Não gritou. Silenciou. Respirou. Até que o celular tocou. Era a realidade do outro lado dizendo que não somos neutras, não temos apenas um rosto, as máscaras nos compõem, nos constituem, nos alinham e desalinham.
Somos a mistura do que acreditamos com o que esperam de nós, mas a nós cabe o lugar que damos a essas máscaras e quais cabem, sem cortam nosso rosto.
Atenda o celular! Enfrente o espelho! Liberte-se e assuma sua face. A maquiagem é sua, pinte-se!
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