Pesquisa, realizada pela UCLA Health, também apontou que a idade média dessas mulheres reduziu
Um número maior de mulheres está procurando congelar seus óvulos e optando pelo procedimento cada vez mais jovens, aponta um novo estudo realizado pela UCLA Health. Entretanto, é cada vez menor o número de mulheres que voltam para usá-los.
A pesquisa apontou que o número de ciclos planejados de congelamento eletivo de óvulos quase quadruplicou entre 2014 e 2021 — aumentando de 4.153 para 16.436.
Apesar desse aumento, apenas 5,7% das mulheres que congelaram seus óvulos entre 2014 e 2016 retornaram ao uso desses métodos dentro do período de acompanhamento do estudo, de 5 a 7 anos.
Em relação à idade média das mulheres, o estudo, publicado no American Journal of Obstetrics and Gynecology, apontou que caiu de 36,0 anos em 2014 para 34,9 anos em 2021.
As taxas de retorno foram mais altas entre as mulheres que congelaram óvulos entre 38 e 42 anos, com 7,9% das que tinham entre 38 e 40 anos e 8,0% das que tinham entre 41 e 42 anos retornando para usá-los.
"Este é o maior estudo dos EUA até o momento sobre preservação eletiva da fertilidade, revelando insights sobre a clara mudança no comportamento reprodutivo à medida que mais mulheres adiam a gravidez para buscar educação, carreira e objetivos pessoais", disse Lindsay Kroener, professora clínica associada em endocrinologia reprodutiva e infertilidade na Escola de Medicina David Geffen da UCLA e autora sênior do estudo.
Para a pesquisa, a equipe médica usou dados do banco de dados SART-CORS, que captura mais de 90% dos procedimentos de tecnologia de reprodução assistida (TRA) nos EUA.
"O congelamento de óvulos oferece uma forma poderosa de autonomia reprodutiva e, graças aos grandes avanços tecnológicos, as chances de sucesso são maiores do que nunca”, afirmou Kroener.
Porém, o que eles não esperavam era a taxa baixa de retorno da utilização dos óvulos. A pesquisadora afirma que isso pode ter sido uma limitação do estudo, visto que o período de acompanhamento — de 5 a 7 anos — é relativamente baixo. “Principalmente para pacientes mais jovens", disse Kroener.
Segundo a pesquisadora, será importante observar como as taxas de retorno para descongelamento evoluem com um período de acompanhamento mais longo. “Com o tempo, podemos descobrir que mais pacientes jovens acabam retornando para usar seus óvulos”, disse.
Notavelmente, o estudo também descobriu que as taxas de sucesso de nascimentos vivos usando óvulos congelados das participantes eram comparáveis às médias nacionais de fertilização in vitro usando óvulos frescos.
"É reconfortante saber que a preservação planejada de ovócitos pode ser uma boa opção para pacientes que buscam mais flexibilidade no planejamento familiar", disse Mabel Lee, médica especialista em endocrinologia reprodutiva e infertilidade na UCLA Health e autora principal do estudo.
Fonte: Agência O Globo
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