Brasil foi derrotado por 3x2 para a seleção asiática, em Tóquio, em amistoso marcado por falhas individuais de Fabrício Bruno e Hugo Souza
Uma partida controlada, com vitória parcial por 2x0, se transformou em uma surpreendente derrota de virada, por 3x2, com falhas individuais que afetaram tecnicamente e psicologicamente. Se a sensação deixada após a goleada diante da Coreia do Sul, na semana passada, foi de confiança, a que marcou o tropeço do Brasil perante o Japão, ontem, no amistoso em Tóquio, foi de preocupação. Mais uma "boa aula para o futuro", como disse o técnico Carlo Ancelotti. Desta vez, o aprendizado foi sobre o que não fazer em um Mundial.Aprendizados
"Temos que aprender com essa derrota, como sempre no futebol. Até o erro do Fabrício (no primeiro gol), o jogo estava bem controlado. Depois, eu tenho muito claro o que passou. A equipe caiu mentalmente. Foi nosso maior erro", afirmou Ancelotti.A falha citada pelo treinador foi aos sete minutos do segundo tempo, quando Fabrício Bruno perdeu o equilíbrio e tocou a bola nos pés de Minamino, que diminuiu o placar. Depois, o zagueiro ainda cortou mal a finalização de Nakamura, gerando o empate do Japão. No fim, foi a vez de o goleiro Hugo Souza falhar na cabeçada de Ueda, no gol que decretou o triunfo asiático.
"Um lance de infelicidade minha. Gostaria de pedir desculpas, ressaltar que isso não me define como jogador. O pé de apoio ficou longe, acabei ficando sem força. Erro meu. Assumo responsabilidade", lamentou Fabrício.
O volante Casemiro também chamou atenção para o fato de que erros do tipo não podem se repetir em jogos de maior nível.
"Se você dorme por 45 minutos, isso pode custar uma Copa do Mundo, uma Copa América, uma medalha, um sonho de quatro anos. São detalhes que fazem a diferença. Talvez jogamos uma preparação excelente fora. Que sirva de aprendizado", desabafou.
Antes dos erros, o Brasil tinha aberto 2x0 com gols do lateral-direito Paulo Henrique e do atacante Gabriel Martinelli. O defensor, inclusive, fez a estreia como titular pela Seleção Brasileira e se destacou ofensivamente, ainda que sem o mesmo bom desempenho no aspecto defensivo.
Reação
Perguntado se as falhas individuais podem custar uma presença futura na próxima convocação ou até mesmo na Copa do Mundo do ano que vem, Ancelotti adotou discurso cauteloso."Os erros individuais não afetam a presença de um jogador na equipe. O que temos que avaliar é a reação da equipe depois do primeiro erro, que não foi boa porque perdemos um pouco do equilíbrio no campo, do pensamento positivo. Foi uma boa aula para o futuro", alertou.
"Vamos seguir fazendo testes na Data Fifa de novembro. Isso não muda a nossa ideia. Há coisas que precisamos aprender. É um processo, e na Copa do Mundo temos que ter equilíbrio, aprender com os erros", completou.
A Seleção voltará a campo no mês que vem para amistosos contra Senegal e Tunísia, na Inglaterra e na França, respectivamente. Depois, ainda fará mais amistosos em março, antes de definir a lista de convocados para a Copa, em junho de 2026.
Fonte: Folha de Pernambuco
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